segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A janela


Ver o que queremos ver
Saber procurar o que deve ser achado
Olhos por trás do vidro distorcem a realidade
Estou por cima
Mas não vejo nada
Você não pode ser facilmente encontrada
Não agora
Não ainda

Compreendo que daqui eu deveria ver tudo
Ver as onda do mar
Um casal de mãos dadas entre juras de amor
Uma nova nuvem que aparece no horizonte
As gotas do orvalho matinal
Ou passantes nas ruas de pedras
Mas não vejo você
Justamente a quem eu procuro

Meus olhos cansados querem parar
Estão em constante movimento
Procurei toda minha vida um amor que pudesse descansar
Que ao bater meus olhos nos olhos dela
Visse em seu sorriso
A paz que procurava

Mas ficou diferente no dia que te vi
Da janela do meu quarto
O prisma de beleza que ficou marcado no vidro
A memoria simples que naquele dia era você
Porque não?

Seria sincero se eu te contasse um segredo
A minha janela parece com o destino
Me mostra o que espera o futuro
A janela fechada sempre fora muito cruel
O mistério do desconhecido
Mas quando se abriu me mostrou você
Decidi não lutar contra o destino
Me alegrou abraça-lo
Deus me guardou a você

Então o vento que trás seu cheiro
Preenche meu quarto e me lança ao sono
O único lugar que eu tenho certeza
Que quando eu dormir
Irei sonhar
Sonhar com o destino meu
Minha mulher por várias vidas
Nos meus sonhos tem apenas espaço para você
Pois sem você
Ela seria apenas um vazio.

Henrique Nápoles
Blind Angel

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"Todos tem um pouco de arte dentro de si".