segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Asa negra suja de Carvão


Caminho em terras antigas
Rachadas e em ruínas
Onde temo voar

Nova ordem de paz em mim
Eleva meu espírito
Motivo pelo qual eu vim

Procuro então a podridão
Expor meu lado mortal ao mundo
Reflexos dos traumas de uma vida em cisão

Corroído e sem uma esperança
Aqueço-me na poça de meu sangue
A visão da conquista e matança

Meu corpo um santuário
Além dele apodreço
Cheiro pútrido de liberdade
Esta volta eu desconheço

Asas negras sujas de carvão
Cavam um novo caminho em minha alma
Dessa vez profundo e solitário
Em que apelo ao rosário

Henrique Nápoles
Blind Angel

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"Todos tem um pouco de arte dentro de si".