sexta-feira, 13 de maio de 2011
O dia em que choveu sapos
Me surpreendi quando olhei para os céus
Haviam nuvens que nasciam do nada
Uma tempestade estava encomendada
Estava contente por estar em casa, quando notei
Água regaria a cidade novamente
Deixaria tudo molhado e ensopado
Mas provavelmente
Não cairia nenhum sapo do céu
Imagine minha cara de espanto
Quando escutei milhares de "coachar"
Do sapo o famoso canto
Mas o único som daquela hora
Caminhei cauteloso para fora
Com medo de até de meu rosto mostrar
Mesmo com o cuidado que fosse uma hora
Dei de cara com um Sapão a me encarar
Com certeza queria dizer algo
Nem que fosse um sim ou não
Pois estava tão incomodado
Com o anuncio das nuvens
Chuva estranha cairia
Para mostrar aos homens
O poder de Deus
O primeiro sapo caiu vazando no chão
Esborrachou-se no asfalto
Seguido pelo segundo e o milésimo
O povo como se gritasse mãos aos alto
Se assustaram com o fato
De mais de um sapo
Enfiar a cara no chão
Um atrás do outro chegavam
E cumpriam sua sina
No jornal da "matina"
Mostrava toda confusão
Que eu assistindo com o Sapão
Me explicando a situação.
"Esse homem não aprende
Tem que ser torcido
Aprender na pior vertente
Da educação do padecido
É praga no couro desse bicho!
De toda criação a mais importuna
Não vê que vivemos em comuna
Que de tanto lixo
Hoje temos um outro modo de viver.
São sacanas e a encarnação do mal
Não podem ser confiados
Nenhum sapo pode virar as costas
Sem tomar uma mão de sal
E morrer sufocado"
Eu tinha que aceitar
Que sabedoria o Sapão tinha
Até invadir a cozinha
Com a língua continuava a limpar
Passaram-se meses e muito tempo
E sapos mortos atolavam a cidade
O ambientalista gritava que era maldade
Era tudo culpa do aquecimento
Jornalista não se calou
Buscava a conspiração
Que em sua ambição
Encontrou a foto para expor
Pobre sapo de topless
Que coisa bizarra ele fotografou
Mas muito dinheiro ganhou
Porque era raro
O prefeito se levantou
Culpou seu assessor
O maior bajulador
Que o dinheiro podia pagar
E como não dá
Um estagiário teve que contratar
Apenas para a culpa tomar
Porque o universitário não soube explicar
Anfíbios malditos
Não paravam de chegar
Futebol ninguém jogava mais
Quando chutavam a bola
O goleiro em toda aquela pressão
Tinha que decidir se agarraria
O cururu também, ou não.
Formula 1 nem pensar
Era impossível qualquer carro andar
A nova corrida era diferente
Feito de um carro monstro
Assistido por muita gente
vendo os sapos esmagar.
Interessante mesmo era a nova modinha musical
Vestiram um grupo de sapo
Com um roupa banal
Penteado de gente do mal
E cantavam como mocinhas
Os sapos da vizinha
Faziam bem melhor
Até que um dia tudo parou
O homem se conscientizou
E todos os anfíbios sumiram
A cidade estava suja como nunca
E tomaram 2 anos para limpar
Todos os corpos de sapos
Até os que caíram no mar
E a civilização seguiu em frente
Mas em outra corrente
Porque viu que se Deus quiser
Nossa vida pode mudar
Afinal
Houve um dia que os sapos mergulhavam do céu
História que ninguém vai acreditar
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