terça-feira, 2 de agosto de 2011

Nem toda regra se aplica

Já escutei tanto
Fui realmente muito alertado
Nunca dei muita atenção
Porque daria
Aqueles que estão perdendo
Perdendo continuarão
Se depender da minha piedade

Mas aprendi agora
Quando aconteceu comigo
O maior pecado de que tem poder
É não ter a sensibilidade de compreender
Que nem toda regra se aplica

A história mais lida tem o exemplo
Imagina se Pilatos fosse diferente
Em seu lugar um homem santo
Em suas mãos estava uma vida
A vida mais especial que caminhou o mundo
Mas a lei era escusa
Bastava um simples não
Em troca se escondeu atrás da regra
Lavou sua mão com sangue
E permitiu um justo ser crucificado

Quanta falta de sabedoria
Os falsos justos não percebem
Nem perceberão
Que não necessita coragem para seguir a regra
É a covardia que compele o outro a condenar se sentindo justo
Fecha os olhos para aquela verdade incomoda
Que nem todo Justo se encaixa na lei
Condenar é mais do que lavar as mãos
É se negar a compaixão
E estender a mão ao próximo
Pois ai o mal reside
Mesmo quando tudo parece justo
Não passam de carrascos

Ao menos resta a esperança
De que a vítima resta o acalento
Que Deus há de confortar
Ou assim ensinar a suportar
Os desafios que a vida trará

Pois o futuro é negro a todos
Menos a Deus
Quem sabe o leitor um dia dependerá de alguém
Que sofrendo necessite de compaixão
Mas a frieza dos códigos o derrube
Pois nada mais cruel
Do que necessitar de alguém
E ver esse alguém
Com medo de as quebrar regras e códigos
Construídos como guia de um geral
Mas se fôssemos geral
Não precisaríamos da compaixão de ninguém
Apenas Deus.

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"Todos tem um pouco de arte dentro de si".